À PROCURA DE UMA VOZ

Letras musicais
Letras musicais Textos

Cachalote

9 de janeiro de 2018
Letra em parceria com Manu Maltez, a partir de mote e música dele. Gravada pelo Manu com o Grupo Cardume no disco Esse Cavalo Morto no Jardim (2008) <iframe width=”560″ height=”315″ src=”https://www.youtube.com/embed/8OviCSkYPpE?rel=0″ frameborder=”0″ allow=”autoplay; encrypted-media” allowfullscreen></iframe>     Cachalote Olho por olho Dente por dente Vim promover cuspindo Sangue incandescente Olho por olho Dente por dente Vim comover Bebendo mangue E detergente Noite por dia Dia da noite O espírito queimando Feito papelote Morte da vida Vida na morte A 120 Coração de cachalote   Olho é buraco Dente é palpite O coração rancado feito apendicite Olho é buraco Dente é palpite Haja apetite, estômago de Moby Dick Aqui, em mp3:

No fundo nem piro

3 de janeiro de 2018
  Composição da qual tive o prazer de participar pelo projeto colaborativo Ecompor. Com Rodrigo Bottari, Remisson Aniceto, Raffa Paiva e Guilherme Garboso.
Letras musicais Textos

Diz que

13 de dezembro de 2016
Morreu como um passarinho Estilingada no coração Morreu feito lagartixa Porta que alguém fechou   Morreu tadinho tão cedo Levou todo o meu dinheiro Passou, faleceu, se foi Deve estar numa melhor   Morreu como os anos 80 Nem chegou a 70 Morreu como o Carnaval Numa quarta-feira cinzenta   Morreu Mas se arrependeu Morreu Era ele ou eu Morreu Depois disso viveu Morreu Como tudo que é meu   Morreu como morre um sonho Quando o sol resolve nascer Como morre uma mentira Uma jura ao altar Diz que foi no tiroteio A polícia só se defendeu Ou foi cardiorrespiratória A caminho do hospital   Morreu como a flor em botão Mas deixou seu perfume no ar Morreu como o rotweiller Que adoeceu de amor Morreu feito um velho safado Terça-gorda de Carnaval Entre duas odaliscas Um eunuco e um faraó   Morreu E ainda não percebeu Morreu Antes ela que eu Morreu Num espirro de Deus Morreu E pra sempre viveu   Morreu como morre um segredo Feito tomba, cantando, o arvoredo Morreu como morre um brinquedo Um rei condenado ao degredo   Morreu feito um passarinho Numa quarta-feira cinzenta Morreu com os anos 80 Porta que alguém fechou Morreu de desatento Esbarrou o gilete no pulso esquerdo Morreu feito general: Trincheirado de medo   Morreu… Morreu… Morreu… Morreu   Morreu… Morreu… Morreu… Morreu
Letras musicais

O meio do mundo

9 de dezembro de 2016
O meio do mundo E eu tateio uma borda Quem deu à luz o escuro Quem forneceu a corda Eu vou pro abismo E quero companhia Eu vou pro abismo Mais dia menos dia O preço não tem liberdade, o raso da cidade O rádio que é relógio, o galo, a discórdia A hóstia que engorda e acalma o pecado São Pedro e o Diabo contando o pescado Eu vou pro abismo E quero companhia Eu vou pro abismo Procuro um atalho O meio do mundo Imagine na ponta Quem deu leite à fome Quem ninou a morta O peso não tem gravidade, o grave da verdade O ácido que é lógico, o ralo, a escória A têmpora que encosta e esquenta a espingarda São Pedro e o Diabo contando o pescado Eu vou pro abismo Me dê a mão, último amigo Quero alguém pra se abismar comigo